artHIVism, Condom Art & a lifetime of caring

[*A longer EN language interview is available below for download; Todd Lanier Lester interviews Adriana Bertini for LUV.]

TLL: We met first in Barcelona at the 14th International AIDS Conference in 2002. I don’t remember too much about the trip, except that I was presenting a poster with a colleague on community sensitization work on HIV/AIDS we’d done together in the East Province of Cameroon as US Peace Corps volunteers. Again, a very long time ago.

I recently wrote about my first HIV work on the LUV site, and I guess it had to do with being ‘plopped’ down in a location for which it was an urgency. I reacted to my surroundings, not so different than how I have reacted to urban issues here in São Paulo. For me it is about responding to what is around me, and relates to my personal notion of what you do when you live in a place. The only difference I can think of is that I now call myself an artist. I began this HIV-related work 20 years ago, and before I myself contracted HIV. 

Since you’ve been doing this work for just as long, I wanted to first say thank you for your dedication, and ask you to explain how you started and what moved you to action in what you term ‘artHIVism’ (I noticed in your e-mail signature:)

AB: O Trabalho com arte aliado à Aids nasce de uma intervenção artística em Porto Alegre em 1994, um convite do ator Fabiano Menna para uma performance, fui literalmente fisgada pela causa. Em 1995 entro para a ONG GAPA em Florianópolis como voluntária. Ali eu cuidava de crianças vivendo com HIV, a maioria de transmissão vertical. E um dia por acaso eu ganho do secretário da saúde uma caixa com 144 preservativos vencidos e ali começa o meu processo de investigação artística sobre a matéria prima e como fazer arte com este objeto para chamar a atenção para a prevenção, falar de sexualidade e os perigos do prazer sem advogar a abstinência.

Com o passar dos anos, estudando e fazendo experimentos artísticos, o trabalho de arte passa por uma evolução natural, onde eu busco através da manifestação artística integrar ativismo a arte, saúde e educação.

Inquieta com a questão da adesão à TARV, principalmente com jovens dou início à pesquisa de outros materiais para promover a adesão, como medicamentos, embalagem e objetos que remetem à saúde sexual, e há dois anos criei esta palavra artHivismo como um novo conceito, não sou ativista sou uma artHivista porque relaciono minha arte diretamente com o HIV.

TLL: I’ve read your Creative Workshop manual (see download below), and a bit of the background of condom art. Do you make other works outside the theme of HIV?  Do you see yourself more as a public health activist, an artist or both?

AB: Eu trabalho paralelamente com outras questões sociais na arte. Trabalhei por alguns anos na Anistia Internacional em Bruxelas como Strong Voice e Artivista para o Fim da Mutilação Genital Feminina e em outras causas sociais como câncer de mama, tráfico de órgãos, etc… Meu projeto futuro é trabalhar a Fome e escolhi para a representação artística o Pão como alimento-referência em todas as culturas globais. Eu me vejo como uma artista social.

TLL: Adriana, you recently visited Los Angeles and UCLA I believe. You were there doing HIV-related art education, or this is what I remember from our brief discussion. Let’s use your trip to LA as a way to discuss your work.  What did you do while you were there? Are there specific organizations you’d like for us to know about? Would you say that this trip is typical for you? 

AB: Eu fui convidada como Artist in Residence por três setores da UCLA:

Fowler Museum at UCLA

UCLA Department of World Arts and Cultures/Dance

UCLA Art & Global Health Center

Trabalhamos em parceria desde 2006. E este convite foi para várias ações artísticas que envolveu:

Public Speaker, Workshop Público no dia comunitário do Fowler Museum e um workshop intensivo chamado de Fiat Lux Class (Creative Workshop).

No Condom Art Workshop (Creative Workshop) intensivo trabalhamos a teoria do artivismo, a construção do diálogo crítico e debates sobre saúde sexual, métodos contraceptivos e como banir o estigma.

Foram diversas dinâmicas usando poesia, desenho, fotografia, vídeo, performance para a construção do trabalho final, uma apresentação.

O conceito do workshop foi como banir estigma e pudemos criar coletivamente um novo diálogo sempre trabalhando técnicas de arte com camisinha, recorte, colagem, pigmentação, costura, modelagem.

É uma oficina muito rica porque além dos temas propostos e das técnicas artísticas aprendidas, levamos para as questões mais pessoais que são as experiências vividas na sua sexualidade, e colocar isso à tona dentro da classe fortalece os jovens e os empodera para suas escolhas mais conscientes.

TLL: And, lastly, what’s next?  Importantly, I’d luv to know your vision for HIV-related work in São Paulo where we both live. 

AB: Eu acredito muito na educação sexual de forma transversal nas escolas e na universidade, e volto de Los Angeles fortalecida a procurar mais espaços de diálogo em São Paulo, por mais difícil que seja e percebo que tanto os jovens americanos, brasileiros, europeus e asiáticos têm a mesma demanda, precisam de informação de forma criativa, contemporânea, rápida e atual como resposta à epidemia, o diálogo lúdico, moderno e a arte tem este poder de tocar mentes e corações para uma possível transformação.

LUV: Thanks so much for taking time to share your work!



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